segunda-feira, 3 de março de 2014

Qual o cenário político hoje no Estado do Acre?

A atual administração estadual está muito perdida, endividada, com a máquina administrativa estufada de gente que ou não faz nada ou não sabe o que faz, envolvida em escândalos e até suspeita de corrupção (Caso G7), entre outras coisas. Resumindo, o atual governo não disse ao que veio, não cumpriu ou cumprirá as promessas que fez em campanha. Tão comprometido ficou para se eleger, depois de um governo pífio como o de Binho Marques, que ao longo desses três anos, teve que fazer “das tripas coração” só pra se manter no Poder e alimentar e aparelhar a máquina para a próxima eleição. Eles estão apostando na conversa de “não conseguimos fazer em 4 anos o que prometemos, queremos pedir mais 4 para concluir nossas promessas”. Com tudo isso, promessas não cumpridas, rejeição, brigas internas, nepotismo e outras coisas, “ainda pode ser o favorito” para as próximas eleições, acredite se quiser. O governo tem na mão a máquina administrativa, o dinheiro e milhares de cargos comissionados que farão de tudo (vejam a anti-manifestação outro dia), para se manter em seus cargos. Não me surpreenderia com violência física e vandalismo.

A oposição utopicamente acha que “esta é a hora” para aceder ao Poder, que chegou a oportunidade que tanto esperaram nos últimos 15 anos. Tenho uma novidade para os utopistas... Otimismo não ganha eleição.

Márcio Bittar, Bocalom, Sérgio Petecão e até Vagner Sales querem ser governador, porém, não compreenderam ainda que “só um deles pode ser o governador”. A palavra de ordem para derrotar o Partido dos Trabalhadores e os poderosos Viana deveria ser “união”. Embora digam que no final todos se unirão, isso deveria ficar desde já impresso na mente dos eleitores. A imagem que passam de “oposição desunida” vai influenciando mal o eleitor e minando o poder de convencimento dos candidatos oposicionistas.

Flaviano Melo, Gladson Cameli, Antonia Lucia, Márcio Bittar e o neófito oposicionista Henrique Afonso fizeram um excelente trabalho na Câmara Federal neste último mandato. Formam o nosso plantel de pessoas que ocupam cargos chave na política acreana. E tem mais, são reeleição garantida, o que fortaleceria a nossa posição política, sem contar que temos outros nomes que poderiam fortalecer ainda mais esta posição. Nunca ouvi falar que algum general tenha entregado um pelotão ou uma cidade ao inimigo, para “tentar” conquistar outra. Porque arriscar posições políticas que já estão consolidadas? Para Gladson Cameli por exemplo, é melhor ser um excelente deputado federal ativo e com cadeira do que um ex-candidato ao Senado. Para Márcio Bittar, o segundo mais votado à nível de Brasil proporcionalmente para deputado federal é melhor continuar sendo um ótimo deputado federal do que desperdiçar seu tempo e recursos numa campanha para o governo em que vai arriscar na base do tudo ou nada, contra um candidato que tem tudo na mão “para não perder”. É o mesmo que dizer: “sei que a porta da garagem está fechada, mas, vou entrar assim mesmo”...

Quem é o único candidato que não tem nada a perder, tanto faz se ganhar ou perder?

Sérgio Petecão tem ainda mais cinco anos no Senado, para ele, perder ou ganhar não vai prejudicar em nada a posição política do Acre, não afeta em nada o quadro político, se ganhar, ótimo, se perder, volta a representar o Acre no Senado com grande desempenho como tem feito até agora.

Acontece que os políticos não pensam no “se perder”, o que analistas frios e por fora do “oba, oba” podem fazer. Cabeça de político só pensa na vitória, alimentada pelas assessorias e amigos tão visionários como eles.

Se a oposição quiser sair rachada, com três candidatos ao governo, que o faça, mas, saiba que mesmo com a atual situação ruim de Sebastião Viana, ele ainda terá a chance de vencer. Só a união faz a força. Isso é elementar! Por que na Frente Popular eles não tem dois candidatos a governo? Porque eles sabem disso.
Então vamos analisar assim... Flaviano Melo, Gladson Cameli, Antonia Lúcia, Márcio Bittar e Henrique Afonso continuariam candidatos à Câmara Federal, apoiando o candidato único, que deveria ser Sérgio Petecão com Tião Bocalom como vice. Com uma chapa dessas, no caso de derrota, a oposição não perderia nada, caso vença, teremos excelente apoio na Câmara Federal, isso sem contar que ainda poderíamos fazer mais um ou dois deputados federais.

Se insistirmos nesta bobagem de diversos candidatos, vamos perder duas cadeiras na Câmara Federal, possivelmente para candidatos da Frente Popular. Mesmo que ganhe um candidato de oposição, de que vale trocar seis por meia-duzia?

Ah! Mas, esse negócio de diversas candidaturas é apenas uma estratégia da oposição para iludir o pessoal da Frente Popular, na hora “H” vai sair candidato único... Aí já será muito tarde e a cabeça do eleitor já estará feita de que a oposição é desunida.

Outra coisa, temos que ganhar no primeiro turno, se deixar pra segundo turno, o eleitor resolve que “deixa como está”.

Quem avisa amigo é!

Obs: Se o Gladson Cameli fosse o candidato único também teria chances de ganhar o governo, aí valeria a pena deixar a Câmara... Petecão e Gladson para o governo seria sem chance para o PT. Nunca esquecendo é obvio que sempre há a chance “de não ganhar”... Por que em política e informática "tudo é possível".

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